A Comunhão Nossa de Cada Dia – a reforma da unidade da igreja
de Pedro Arruda. Descubra juntamente com o autor a “pérola de maior valor”. Seu conceito e prática de comunhão vão mudar bastante depois da leitura.
Seguramente, comunhão é uma palavra que, embora esteja distanciada da realidade de seu significado bíblico original, faz parte do vocabulário religioso da cristandade. E como pode a comunhão, e todas as suas implicações, sobreviver num tempo de extremo individualismo e competição, em que reinam a desconfiança e a frouxidão nos relacionamentos, os vínculos familiares se desintegram e os valores milenares e sagrados acabam pulverizados? O que sobra, então, neste cenário para a comunhão?
Este livro nos oferece muitas razões para pensar que sua permanência, não importa se como ritual ou liturgia, é o indício de algo muito mais profundo. A comunhão, mesmo que estranha à que se verificava na comunidade cristã primitiva, ainda é uma realidade presente na igreja: a eucaristia continua sendo o grande motivo da missa católica e a santa ceia permanece como a maior atração do culto protestante e evangélico. Em nenhum outro acontecimento o tema do paraíso perdido é tão atualizado e, inconscientemente, desejado.
Séculos de institucionalismo, domesticação da fé e liturgização da vida soterraram a realidade mais preciosa do corpo de Cristo, mas não conseguiram erradicá-la totalmente: a comunhão sobrevive como uma nostalgia de algo quase desconhecido. Redescobri-la é tocar a eternidade, mas não é só isso: retornar à comunhão é receber a vida e o amor em suas expressões plenas, pois tudo o que existe e foi criado traz este selo original. É experimentar satisfação sem igual, tal como nenhuma outra experiência nesta Terra pode proporcionar. É encontrar o propósito para o que se vive. É fazer cessarem as perguntas e as inquietações, não porque elas deixaram de existir, mas porque perderam sua urgência.
A comunhão nossa de cada dia não é uma investigação teológica sobre fundamento tão importante nem trabalho de gabinete distanciado de uma prática, embora traga ensinamento profundo e, acima de tudo, bíblico. Ensinamento, sim, porém não sem a autenticação da experiência vivida coletivamente.
A comunhão é “nossa” porque o autor nunca se imaginou destacado de sua comunidade de amigos. E o fato de ser “nossa” não torna a experiência excludente nem patrimônio de um clube fechado. É a de “cada dia” porque vem sendo gradativamente construída: seja quando alguns amigos andam juntos pelo caminho, seja quando se sentam ao redor de uma mesa, seja num momento de compartilhamento de experiências, seja numa roda de confissão, seja em atitudes de exortações e encorajamentos, seja quando alguém lava os pés ao sobrecarregado, seja quando entrega os próprios pés para receberem os devidos cuidados…
A comunhão é “nossa” porque o autor nunca se imaginou destacado de sua comunidade de amigos. E o fato de ser “nossa” não torna a experiência excludente nem patrimônio de um clube fechado. É a de “cada dia” porque vem sendo gradativamente construída: seja quando alguns amigos andam juntos pelo caminho, seja quando se sentam ao redor de uma mesa, seja num momento de compartilhamento de experiências, seja numa roda de confissão, seja em atitudes de exortações e encorajamentos, seja quando alguém lava os pés ao sobrecarregado, seja quando entrega os próprios pés para receberem os devidos cuidados…
Pedro Arruda tornou-se menino novamente quando começou a enxergar e a viver as coisas que compartilha neste livro. Eu mesmo ouvi cada um desses ensinamentos quando eles começavam a se transformar em convicção no autor. Estive muitas horas, juntamente com outros, ora aos seus pés, ora ombro a ombro com ele, tendo o privilégio de estar entre os primeiros a quem Pedro submeteu as revelações que lhe chegavam. Sou testemunha de que este livro foi, de fato, experimentado em muitas horas de preciosa comunhão.
E há algo que contribui para tornar as experiências do autor bastante singulares: ele não está a serviço de comunicar uma visão de comunhão circunscrita a este ou àquele segmento cristão. Ele não representa uma ou outra vertente. Seu lugar no corpo de Cristo é bastante eloquente e profético da unidade pela qual Jesus intercedeu.
A comunhão nossa de cada dia não é um manual nem um roteiro de como se deve praticar a comunhão, mas um diário, verdadeiro como os diários devem ser: o registro das reflexões de um homem abrasado pela paixão de ver o sonho de Deus tocando o chão da história.
Eu tenho certeza: você será impactado se ler este livro com devoção. As revelações sobre a comunhão do corpo de Cristo poderão lhe trazer duplo benefício: iniciá-lo num processo que irá desconstruir algumas coisas em sua vida, ao mesmo tempo em que o levará para mais perto da vontade de Deus.
Por Pedro Arruda
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