Valores Perdidos


“Foi o tempo em que homens mantinham suas casas e que as mulheres sabiam cozinhar...”

Paz e graça.
Para começar, não estou condenando ninguém, apenas lembrando como era diferente as coisas antigamente, e olha, ainda sou jovem, mas venho de uma vida bem parecida com o passado. Tempo em que crianças e jovens não ousavam levantar a voz contra os pais ou qualquer um que fosse mais velho. Quando crianças eram punidas quando mereciam, apenas o olhar falava o que era certo a se fazer, em que pedíamos benção todas as vezes que víamos alguém que conhecíamos.
Quando os homens assumiam suas responsabilidades de homem, que sustentava a sua casa com o suor de seu trabalho, que chegavam em suas casas cansado de trabalhar em prol de sua família. Quando as mulheres donas de casa sabiam cozinhar de verdade, comidas feitas em fogões a lenha e nos primeiros fogões a gás. Quando a TV não era o centro das atenções dentro de casa, quando a diversão não era apenas ficar por horas no vídeo game ou no computador.
Mas o que ouve pra que tudo isso mudasse? Onde ocorreu essa mudança? Onde estão os homens fortes e as mulheres sabias? Onde está o amor e respeito? Será que tudo isso acabou e não tem mais volta?
Bem, o que aconteceu pra toda essa mudança ocorrer não foi algo repentino, foi uma serie de acontecimentos que causou essa “modernidade” toda que vivemos hoje.
Tudo começa quando o homem passou a se ausentar de casa para satisfazer seus desejos e suas vontades, freqüentando prostibulos e bares, gastando todo o dinheiro que arduamente ganhou em seu trabalho e deixando de manter a sua casa, abrindo espaço para pensamentos femininos do tipo: Eu posso fazer melhor, eu posso cuidar da minha casa e educar meus filhos sozinha.
As mulheres vendo que os homens não valorizavam mais a pacata forma de vida familiar, decidiram então procurar um espaço em meio a sociedade, conseguindo cargos que até então apenas homens podiam ocupar. Abrindo ai a brecha do tamanho de um quarteirão para que o inimigo adentrasse em suas casas, com ataques direto na base, fazendo com que as crianças perdessem o referencial de homem, de pai, de exemplo e também o carinho e educação das mães, que agora já não estavam presentes em casa, pois estavam trabalhando duramente para sustentar seus filhos e também seus maridos.
Mas isso não é culpa das mulheres, eu não vejo o erro nelas, mas culpo a nós homens, que nos omitimos e forçamos a parte mais frágil a procurar ser mais forte, ser mais ousada a ocupar o espaço que não cabia a ela. Agora a realidade da nossa sociedade é assim, a mulher que sustenta, a mulher que manda, a mulher que se ausenta de casa. O homem que não consegue seu espaço de volta, o homem que se ausenta para desfrutar de seus prazeres e desejos.
Com isso, vemos vários jovens na rua e disparamos a dizer: “bando de marginais que não prestam, que não querem nada com nada”. A CULPA NÃO É SÓ DELES, quem os instruiu a trabalhar? Quem mostrou o certo e o errado? Quem educou? Quem? Ninguém, eles não tinham ninguém para mostrar as coisas dessa vida, não tem pai nem mãe. Há quem diga assim: “meu filho não me respeita, não me ouve, eu sempre cuidei bem, ensinei o que pude mas ele não da valor em nada”.
Uma vez eu ouvi um irmão compartilhar um testemunho de uma jovem que tinha pais batizados e membros da congregação, mas essa jovem estava com pensamentos trocados, ela não confiava em homem algum. E o irmão, conversava com os pais e não via nada de errado, aparentemente tudo estava correto na família, então ele decidiu conversar com a jovem particularmente sobre sua infância. E ela recordou de um episódio de sua vida. Contou que quando criança toda a família estava se divertindo em um clube familiar e ela e seu pai estavam brincando na piscina, ele pediu que ela pulasse, pois ele estaria lá para segura-la, ela confiava em seu pai e acreditava no que ele dizia. Daí, ela se jogou e ele saiu da frente deixando ela cair dentro da piscina, ele pegou ela no colo e lhe disse: isso é pra você aprender a nunca confiar no homem. Acharam o erro?
Valores perdidos, valores trocados, as pessoas não sabem mais o valor das coisas, na verdade nem mesmo de si.
Volta ainda tem, certo que não podemos entrar em guerra com as mulheres por espaço, até porque seria uma causa perdida, é indiscutível que elas sabem fazer muitos trabalhos melhor que nós homens, e sua educação, gentileza, cuidado faz com que o mercado de trabalho as procurem. Mas podemos sair em busca de melhorar nossas habilidades, conhecimentos, para então podermos pegar de volta o cargo de homem da casa, que sustenta, que é exemplo. E ai a mulher volta a ter confiança no homem novamente, pois vera a diferença nas atitudes, que não temos tido.
Temos que cumprir com “amar como Cristo amou a igreja”, dando nossas vidas em prol de nossa família. Passar a confiança para todos de nossas casas, mostrar em nós, a vida de Jesus. Ao ponto de nossos filhos e esposa olhar em nós e perceber que temos procurado seguir com o que Jesus nos ensinou.
Tenho orgulho por viver em meio a uma comunidade em que procuramos juntos, a melhor forma de viver, em nossas reuniões de homens, ensinamos e aprendemos o papel do homem cristão. Nas reuniões de mulheres, elas aprendem e ensinam o papel da mulher no lar e na sociedade. Não que as mulheres vão ficar só dentro de casa, se necessário for para o casal que a mulher tenha um emprego, legal, ela pode trabalhar, mas se não precisar, por que deixar ela ausente? Minha esposa e eu trabalhamos agora para que quando vierem os nossos filhos ela passe a cuidar deles enquanto eu, como homem, trabalhe para manter a minha família. Na nossa comunidade, temos exemplos de famílias que vivem assim, e vivem bem. Também temos mulheres que trabalham fora, mas reconhecem que a autoridade de casa é o marido.
Elas não são menos que os homens, nem são incapazes, elas são dignas de reconhecimento, pois elas enfrentam juntas com seus maridos todas as dificuldades, não atrás do homem, mas lado a lado, como um radar. Elas auxiliam em tudo que lhes for pedido.
Devemos então, procurar restaurar esses valores, que ficaram esquecidos pelo caminho, que simplesmente foram deixados de lado pela sociedade por achar que essa forma de vida era incompatível com os dias atuais. Discordo completamente disso, algumas coisas não podem ser deixadas de lado, e isso inclui o respeito, o amor pelo próximo, a comunhão entre outros irmãos. Uma igreja unida é mais forte, não adianta ter mega-templos sem uma alma arrependida. Dou mais valor em pequenos ministérios que procuram andar juntos, dia após dia, do que ver gigantes que não conhecem os “membros”.
Tais valores ainda podem ser restaurados. Precisamos preparar a geração vindoura para essa realidade, não deixar que o modernismo os convença de que está tudo certo, mas passar para eles a essência do evangelho, o amor natural, o doar-se para os necessitados. Ter comunhão com Deus e os irmãos. Ensinar desde cedo que existe um Deus, e que esse mesmo Deus, deseja unicamente ter intimidade conosco.
Deus não quer muita coisa, é só intimidade. É só entregar-se, Ele não pagou o preço de morte pra vivermos desgarrados por ai, mas para que pudéssemos confiar nEle, consultar antes de tomar iniciativas.

Irmãos, espero que a palavra não te traga conforto ou paz, mas sim desespero por mudança, que nos incomodemos com essas verdades.
Fiquem com Deus.

Posto que as nossas maldades testificam contra nós, ó SENHOR, age por amor do teu nome; porque as nossas rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos. Jeremias 14:7


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